segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Emoção inesquecível e ao vivo no Tribuna!!!

Como jornalista esportivo ha quase 10 anos, talvez tenha sido a maior emoção de minha vida profissional o momento do anúncio da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. Sou um amante dos esportes e acompanho os Jogos Olímpicos de passar noites acordado desde 1984, quando o evento foi em Los Angeles. Eu, ainda criança, lembro da vitória emblemática do grande Joaquim Cruz no atletismo e da triste derrota do vôlei na final contra os sempre carrascos Estados Unidos. Vibrei com o ouro no judô em Seul 1988. Como também era judoca na época, não tirei os olhos da TV e comemorei como um gol da Seleção a nossa única medalha dourada com aquele craque dos tatames, Aurélio Miguel. Também em 88, via surgir uma geração no futebol que nos traria muitas alegrias seis anos depois. Faziam parte da Seleção Olímpica um baixinho goleador chamado Romário e um goleiro pegador de pênaltis chamado Taffarel. Na Copa de 94 todo mundo sabe o que aconteceu, né? Bem.. em 1992, eu já adolescente, vi com meus amigos algo que não imaginava que pudesse acontecer. Tande, Marcelo Negrão, Mauricio, Carlão, Paulão e Giovane formavam o time titular de vôlei que de maneira surpreendente e brilhante vencia a Holanda na final e levava o primeiro ouro olímpico da modalidade. Via nascer a Geração de Ouro. Também em 92 surgia o excelente Gustavo Borges na natação com uma suada e merecida medalha de prata. Minha paixão pelo esporte só aumentava. Ainda não sabia que profissão seguir. Já na época da Olimpíada de 1996 em Atlanta eu já estudava comunicação, mas o jornalismo esportivo ainda não era uma idéia. Emocionei-me com a primeira medalha de ouro das mulheres do Brasil da história. Aliás, o vôlei de praia fez uma final brasileira e Jack e Sandra ficaram com o título histórico. Surgia também um craque do iatismo Robert Scheidt. Mas a medalha que mais me emocionou foi um bronze, novamente com Aurélio Miguel no judô. Depois de passar por dificuldades por contusão e até problemas políticos dentro da Federação Brasileira de Judô, Aurélio se despedia dos jogos com um bronze que valeu ouro. Quando já era editor do caderno de esportes de um jornal diário de Maringá em 2000, me decepcionei com as Olimpíadas de Sidney. Apesar do bom numero de medalhas (12 no total, sendo seis pratas e seis bronzes), o ouro não veio. A boa notícia foi o surgimento de um atleta de apenas 18 anos que levou uma prata no judô e hoje talvez seja o maior judoca brasileiro de todos os tempos. O nome dele era Tiago Camilo. Em 2004 vibrei com a seleção de Bernardinho no vôlei, com o iatismo de Torben Grael e Marcelo Ferreira e de mais uma vez Robert Scheidt, hipismo com Rodrigo Pessoa, enfim, as terras gregas e os deuses olímpicos fizeram bem para nossos atletas. Finalmente chegamos a Pequim com muita esperança, a coisa não começou muito boa, mas, no fim, as maiores emoções vieram de onde menos esperávamos. O vôlei feminino já era favorito e, diga-se de passagem, foi um ouro histórico por ser o primeiro das meninas do vôlei e também premiou a carreira do técnico José Roberto Guimarães, único campeão pelo masculino (1992) e agora pelo feminino. Mas as surpresas ficaram pro final. Na natação Cezar Ciello arranca um bronze nos 100 metros e depois um ouro incrível nos 50. Quando já pensava assim… “só vamos ganhar dois ouros mesmo”… Eis que surge a redenção de Mauren Maggi. Depois de dois anos suspensa por doping, ela deu a volta por cima e saltou de forma maravilhosa pro ouro olímpico. É… sei que me estendi demais, mas precisava conceituar o que é o esporte olímpico pra mim e porque me emocionei ao anunciar ao vivo que as Olimpíadas seriam no Rio de Janeiro. No meu país. Algo que não imaginava ver em breve. Me emocionei sim por ser brasileiro e amar o esporte e também que nunca imaginei nesses 10 anos de carreira que anunciaria ao vivo um fato tão histórico e compartilharia essa alegria com tanta gente ao mesmo tempo. Obrigado Deus!!! Obrigado Rio! Parabéns Brasil!

2 comentários:

Unknown disse...

Nelson...Estou emocionada,e acredito que todos que lerem tambem sentirão o mesmo,você nos fez relembrar momentos de ouro.
Que Deus abençoe você.

por Douglas Cardoso disse...

Definitivamente, está notícia dada ao vivo é o prenúncio de que esse programa é especial, sonhado e idealizado por alguém que sempre amou e se dedicou ao esporte. Parabéns pelo retrospecto Olímpico destacado no post e vida longo ao Programa!